O Cras por meio dos seus atendimentos realiza um trabalho de apoio as famílias, prevenindo a ruptura de laços e contribuindo para melhoria da qualidade de vida.
A importância das refeições em família
A pressa e um conceito um tanto relativo de praticidade têm levado muitas famílias a abandonar o costume de sentar-se à mesa para comer, todos juntos e no mesmo horário. Uma pesquisa realizada pela revista Super Interessante, em 2016, com 1.200 pessoas de seis estados diferentes, revelou que a grande maioria dos brasileiros não leva mais do que meia hora do começo ao fim da refeição.
A prática da refeição em família fica mais restrita aos almoços de domingo: nove em dez entrevistados almoçam sempre (74%) ou às vezes (16%) com a família inteira nesse dia. Nesse dia da semana, os vínculos familiares se apresentam de modo mais claro. É quando pais e filhos almoçam juntos ou, ainda, quando aqueles velhos amigos se reúnem para um almoço diferenciado.
Segundo o psicólogo Thiago Lima, a comida estabelece vínculos não apenas entre familiares mas também entre amigos e vizinhos: “A cozinha é sempre lembrada como uma atividade realizada para os outros. Alguns estudos apontam que as refeições, especialmente os almoços, são momentos de sociabilidade e no comer junto também aparecem individualidades como gostos, sabores e opiniões”.
Esse é um dos principais tópicos defendidos pelo Slow Food, movimento criado na Itália em 1986 que propõe unir o prazer de comer com produção e consumo responsável dos alimentos. Quando falamos em prazer, incluímos justamente o hábito de escolher um lugar agradável para comer sem pressa, prestando atenção àquilo que está consumindo, além de praticar o “table talk”, isto é, a conversa à mesa. O significado disso é bem simples: aproveitar o momento da refeição para conversas prazerosas e informais com quem gostamos.
Algo tão simples como dedicar uma hora do seu dia para compartilhar uma refeição com alguém pode afetar positivamente a vida de diferentes formas. Pesquisadores afirmam que a interação entre os aspectos neurais, fisiológicos, endócrinos e comportamentais no processo da fome e saciedade estão intimamente relacionados ao comportamento alimentar.
Por isso, pensamos em oferecer para as famílias assistidas pelo Cras (Serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, Paif e Jovem Aprendiz e Grupo da Especial) um alimento que possa reunir toda a família à mesa compartilhando suas vivências e reforçando seus laços.
completou a Secretaria de Assistência Social Ana Cristina B. Chaboli